Uma das coisas que mais gostava no trabalho do escritor Jonas Hassen Khemiri era que conseguia me identificar com os personagens dos livros dele, com um adolescente em “Ett öga rött”, ou com um rapaz em “Montecore”, ou com um outro rapaz em “Jag ringer mina bröder” depois de um atentado terrorista no coracão de Estocolmo. Mas nesse livro aqui eu não consegui encontrar uma entrada, um caminho de identificacão. Achei tudo tão distante, mesmo apesar de JHK continuar a escrever bem. Não, não gostei da história de um escritor que entrevista uma série de pessoas próximas a Samuel, um rapaz não muito interessante, mas que é o protagonista do livro (além do escritor em si) apesar de já estar morto. Ah… Não gostei. Uma pena. O título do livro poderia ser traduzido como “Tudo o que não me lembro”.

Lido em sueco.

Lido para o meu círculo de livros. Não gostei. Tentei, tentei mesmo, mas não gostei. O título, que pode ser traduzido como “A elegância do porco-espinho”, diz respeito à concièrge de um prédio de luxo em Paris, Renèe, que é inteligentíssima, lê filosofia etc, mas que esconde isso numa tentativa de viver em paz. Paralelamente lemos a voz de Paloma, uma menina de 11 anos, também inteligentíssima, muito sozinha e que decidiu que vai se matar antes de completar 12 anos. Quando um morador japonês se muda para um dos apartamentos do prédio, a vida das duas se entrelaca. Mas o livro é fraquíssimo. Inúmeras páginas são gastas em uma espécie de dissertacão filosófica chatíssima, sem contato com o texto em si. Ambas as vozes, de Renée (uma senhora com quase 60 anos) e Paloma (uma menina de 11) são parecidas; parece que faltou à autora, a francesa Muriel Barbery, talento para dar às duas personagens centrais da história vozes distintas. Li até o final, e fiquei muito decepcionada. Mas não é um dos piores livros que li, por isso ganha um coracão inteiro.

Lido em sueco.

“Hennes nya namn”

May 14, 2017

Gostei muito desse segundo livro da escritora italiana Elena Ferrante (um pseudônimo) da chamada trilogia napolitana. Nesse livro, cujo título traduzido do sueco seria algo como “O novo nome dela” (ou coisa parecida), Lina e Elena estão quase adultas. Mas as diferencas entre a vida das duas comeca a se acentuar: Lina se apaixona på Nino, engravida, se separa, se muda; Elena estuda na universidade, se sofistica, tenta com todas as suas forcas sair do bairro, da pobreza e da ignorância – mesmo sabendo que o bairro pobre e a ignorância com que foi criada é uma parte dela. Às vezes o livro ficou demorado de ler, principalmente quando ela descreve as férias em Ischia, onde tudo acontece que muda a vida das duas. Mas o livro é muito bom. Vou dar um tempo mas já já compro o terceiro.

Lido em sueco.

ADORO Astrid Lindgren. ADORO. A autora sueca escreveu entre outros, Pippi Meialonga, um clássico infantil no mundo todo, além de muitos outros livros interessantérrimos. O livro contém os diários de gurra de Astrid. Foi assim: quando a segunda guerra mundial comecou em 1939 Astrid, então uma dona de casa que trabalhava como secretária em Estocolmo, comecou a escrever um diário, onde contava sobre os avancos e derrotas dos aliados, de alemães, italianos etc. Paralelamente, ela escrevia sobre sua vida, com o filho Lars, a filha Karin (que trabalhou na producão do livro) e o marido Sture. Ela escreve sobre Hitler e sobre as loucuras da guerra com uma claridade maravilhosa, de quem desde o princípio sabia o que é errado. Ela comenta o fato da Suécia ter conseguido ficar neutra, do que eles comiam, ou não, do que faziam etc. O que eu adoro é como ela escreve, o estilo, tão Astrid Lindgren, humorístico, certeiro, emocionado. Muito bom!!! Recomendo muitíssimo.

Lido em sueco.