“Döda vita män”

December 22, 2010

O título do livro do jornalista sueco Johan Hakelius pode ser traduzido como “homens brancos mortos”, e é sobre exatamente isso: uma série de homens ingleses, todos mortos. Hakelius é anglófilo e só se veste em ternos de tweed confeccionados em Londres. Ele se comporta como um bastião britânico de sangue azul e respira cultura britânica. Em si, uma esquisitice, mas o livro é bacaninha. Isso porque esses britânicos são realmente estranhos. Entre os retratados estão vários esquisitões de sangue azul desconhecidos fora da Grã-Bretanha, mas também gente como o ator sir Alec Guiness e o escritor George Orwell. Bacana. (Hakelius escreveu mais um livro, “Ladies”, no qual descreve uma série de dames inglesas, todas obviamente muito esquisitonas. Não posso perder!)

Lido em sueco.

“Hypnotisören”

December 6, 2010

O livro de Lars Kepler, pseudônimo adotado pelo casal de escritores Alexandra e Alexandre Ahndoril, fez sucesso aqui na Suécia no ano passado. Falou-se muito da qualidade desse romance policial, uma especialidade sueca, aliás. Eu resisti, assim como faço todas as vezes em que um livro é objeto de resenhas unânimes. Mas aí, resolvi apostar que seria algo melhor do que simplesmente trash. Perdi a aposta. Achei o livro brutal e, paradoxalmente, chato. Duas histórias – um assassino em série de 14 anos de idade e o hipnotizador do título – concorrem uma com a outra, talvez reflexo de um livro escrito à quatro mãos? Li tudo; o livro é às vezes interessante, mas descamba rapidamente pra chatice. Dou nota dois por que hoje é domingo e eu estou de bom humor.

Lido em sueco.